25 de novembro de 2015

O boi e a sua senhora, Nelson Palma Travassos. São Paulo: EdArte, 1962.

O livro já começa polêmico pelo título pitoresco e errado: o boi e sua senhora. Boi é usado para designar animais bovinos machos castrados. Estes não servem como reprodutores por motivos óbvios, por conseguinte, o senhor da senhora vaca é o touro. A história discorre sobre a relação entre Juvêncio Virgulino do Amaral Pedroso, um cartorário que revolveu investir na pecuária a partir da aquisição de uma Fazenda no interior de São Paulo. Teve como orientador o Tio Inácio, um homem antigo que vivia fardado de coronel: calça, colete e palito de brim cáqui, camisa abotoada no colarinho sem gravata. Entre eles, Inácio representava um mundo que se extinguia, ao passo de Juvêncio, o mundo que surgia no horizonte. Juvencinho, filho de Juvêncio ao final da história foi aquele que acabou por modernizar toda a estrutura agrária iniciada pelo pai, Juvêncio. Nessa relação o autor narra a trajetória da pecuária brasileira deste a chegada do gado no Brasil, na Capitania de São Vicente, no período colonial, até a sua expressão maior na pecuária brasileira, o Nelore. Uma obra de leitura obrigatória a todos aqueles que de uma maneira ou outra lida com essa atividade, a pecuária.

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